PARTE 3 – SEGUNDO ESTÁGIO DO CENTRO TREINAMENTO EM SAREPTA – ARRESSUREIÇÃO DO FILHO DA VIÚVA (1 Reis 17.17-24)
Introdução
Este é o primeiro caso de ressurreição registrado nas Escrituras. As evidências parecem apenas desmaio ou entrou em transe temporário. A criança parou de respirar. E seu espírito deixou o corpo.
De acordo com Tiago 2.26, quando o espírito deixa o corpo, a pessoa está morta. A grande aflição tanto da mãe quanto do profeta dá a entender que o menino morreu referindo-se ao ocorrido.
A Bíblia não relata que tipo de doença levou o filho da viúva a óbito. Quando isso aconteceu sua mãe olhou em volta para encontrar alguém em quem colocar a culpa. Uma reação natural. É da natureza humana querer culpar alguém pelas coisas ruins que acontecem na vida. Isso é muito freqüente quando uma morte repentina leva de nós um ente querido. Às vezes chegamos a culpar aquele que fez o máximo para ajudar.
Diante desse episódio vamos observar as atitudes, tanto da viúva como do profeta para podermos extrair ensinamentos importantes pra nossas vidas.
A mulher culpa Elias pela pior coisa que poderia ter acontecido em sua vida: a morte de seu filho querido.
A reação da mãe foi sentir-se culpada por causa de seus pecados no passado.
Ela acreditava que a morte do filho era a maneira de Deus castigá-la por suas transgressões.
Ela entrou em desespero. Em meio ao desespero não conseguimos enxergar todos feitos do Senhor, dispensado a nós, e muito menos acreditar em um milagre de Deus.
2. Atitudes do Profeta
Primeira atitude do profeta em meio a situação é o silêncio. De algum modo ele sabe que nada do que dissesse naquele momento satisfaria aquela mãe enlutada. Ele não discute com ela. Não a repreende. Ele não tenta argumentar com ela. Não faz que ela pense em tudo o que deve a ele. Ele simplesmente diz: “dê-me o menino”.
Ele simplesmente pede que ela coloque seu fardo nos braços dele. Elias não questiona Deus. Ele não cai no buraco. Não perde o controle. Não argumenta com a mulher. Simplesmente diz, com calma: “dê-me o menino”. Chamou a responsabilidade para si.
A resposta de Elias a viúva foi levar o menino para seu quarto no andar de cima da casa, talvez no terraço, e clamar ao Senhor pela vida da criança.
O resultado desse milagre foi à confissão pública da mulher de sua fé no Deus de Israel.
Até aqui Deus sempre mandou Elias fazer a seu mando.
· Deus chamou Elias para obra;
· Deus mandou Elias ir até o Rei Acabe profetizar;
· Deus mandou Elias ir para Querite;
· Deus mandou Elias ir para Sarepta;
Agora, Elias com confiança no Senhor apenas chama a responsabilidade pra cima de si. Ele sabia no Deus que cria. Está indo bem no Centro de treinamento. Lá no monte Carmelo Elias também chama para si a responsabilidade chamando o povo para chegar perto dele para restaurar o altar que estava em ruínas.
Meu amado se Deus é contigo e em meio a uma circunstância a ação é sua. Faça! E o Senhor vai cooperar com a palavra profética que sair de sua boca (Mc 16.20).
Até a época de Elias não existia caso de ressurreição! Elias não poderia voltar as páginas como se fosse um advogado procurando por uma jurisprudência para dizer: “Existe um precedente nas Escrituras! Houve um caso igual ao meu. Deus fez isso naquela ocasião. Ele ainda pode fazer o mesmo”.
Elias não tinha uma instrução de como fazer ou como orar para ressurreição do menino.
Depois de Elias ter se estendido sobre a criança pela terceira vez que o Senhor a ressuscitou, uma lembrança de que nosso Salvador ressuscitou no terceiro dia.
O profeta simplesmente desceu as escadas com o garoto a seu lado e disse: “Vê, teu filho vive!”. Quando a mulher viu que seu filho estava vivo, ela não viu Elias, mas o SENHOR.
Elias queria que a mulher visse que Deus ressuscitou os Sonhos:
· De Elias como profeta de que Deus é como ele para fazer muito mais;
· Da viúva para com seu filho. Já havia perdido o marido e agora perder o filho.
· De seu filho que pode reconstruir toda uma história de vida.
Ressuscite seus Sonhos!
Declara a Escritura que o espírito da criança retornou, porque o Senhor ouviu a voz do profeta. A aflição da viúva foi transformada em alegria por causa das palavras de Elias, “Vês aí, teu filho vive” (v. 23).
Elias não ficou no ministério público um longo tempo. Mas o tempo que ficou provou o poder de Deus no próprio território de Baal, de modo que estava pronto a desafiar Baal no reino de Israel.
Durante esses três anos em que viveu como um homem perseguido e exilado, Elias havia aprendido muito sobre o Senhor, sobre si mesmo e sobre as necessidades das pessoas.
· Sobre Deus: Elias teve intimidade, viu a provisão e teve confiança em seu poder;
· Sobre si mesmo: acreditou em seu chamado;
· Sobre as necessidades das pessoas: somente entendendo a necessidade dos outros entendemos o reino de Deus.
O profeta Isaias teve uma experiência semelhante: viu Deus, viu seu interior e viu o pecado do povo (Is 6.1-13).
Elias no tempo de “seus treinamentos” havia aprendido a viver um dia de cada vez, confiando que Deus lhe daria o pão de cada dia.
O povo passou três anos perguntando: “Onde está o profeta Elias? Será que ele é capaz de fazer alguma coisa para aliviar os fardos que estamos carregando por causa da seca?”
O Senhor, porém, se preocupa mais como o obreiro do que com a obra e estava preparando Elias para o maior desafio de fé em todo seu ministério.
Pr. Alberto Maciel Carneiro
IBN - Semear