A VOCÊ LÍDER DE EXCELÊNCIA

O líder tem um papel fundamental em tempo de turbulências. Ele precisa agir como um guia para as pessoas de sua equipe, pois nessas horas elas tendem a ficar perdidas, ansiosas e com pouca capacidade de produção. Tem de saber avaliar, aconselhar, motivar, gerar comprometimento no grupo e saber encontrar forças dentro de si mesmo, pois também estará no meio do furacão. O verdadeiro líder deve ser capaz de transmitir esperança, e isso significa fazer a equipe acreditar no futuro.

PR. ALBERTO MACIEL CARNEIRO

sábado, 22 de maio de 2010

ESTÁGIO NO CENTRO TREINAMENTO EM SAREPTA


PARTE 3 – SEGUNDO ESTÁGIO DO CENTRO TREINAMENTO EM SAREPTA – ARRESSUREIÇÃO DO FILHO DA VIÚVA (1 Reis 17.17-24)


Introdução

Este é o primeiro caso de ressurreição registrado nas Escrituras. As evidências parecem apenas desmaio ou entrou em transe temporário. A criança parou de respirar. E seu espírito deixou o corpo.

De acordo com Tiago 2.26, quando o espírito deixa o corpo, a pessoa está morta. A grande aflição tanto da mãe quanto do profeta dá a entender que o menino morreu referindo-se ao ocorrido.

A Bíblia não relata que tipo de doença levou o filho da viúva a óbito. Quando isso aconteceu sua mãe olhou em volta para encontrar alguém em quem colocar a culpa. Uma reação natural. É da natureza humana querer culpar alguém pelas coisas ruins que acontecem na vida. Isso é muito freqüente quando uma morte repentina leva de nós um ente querido. Às vezes chegamos a culpar aquele que fez o máximo para ajudar.

Diante desse episódio vamos observar as atitudes, tanto da viúva como do profeta para podermos extrair ensinamentos importantes pra nossas vidas.

1. Atitudes da Viúva na morte do filho

A mulher culpa Elias pela pior coisa que poderia ter acontecido em sua vida: a morte de seu filho querido.

A reação da mãe foi sentir-se culpada por causa de seus pecados no passado.

Ela acreditava que a morte do filho era a maneira de Deus castigá-la por suas transgressões.

Ela entrou em desespero. Em meio ao desespero não conseguimos enxergar todos feitos do Senhor, dispensado a nós, e muito menos acreditar em um milagre de Deus.

2. Atitudes do Profeta

Primeira atitude do profeta em meio a situação é o silêncio. De algum modo ele sabe que nada do que dissesse naquele momento satisfaria aquela mãe enlutada. Ele não discute com ela. Não a repreende. Ele não tenta argumentar com ela. Não faz que ela pense em tudo o que deve a ele. Ele simplesmente diz: “dê-me o menino”.

Ele simplesmente pede que ela coloque seu fardo nos braços dele. Elias não questiona Deus. Ele não cai no buraco. Não perde o controle. Não argumenta com a mulher. Simplesmente diz, com calma: “dê-me o menino”. Chamou a responsabilidade para si.

A resposta de Elias a viúva foi levar o menino para seu quarto no andar de cima da casa, talvez no terraço, e clamar ao Senhor pela vida da criança.

O resultado desse milagre foi à confissão pública da mulher de sua fé no Deus de Israel.

3. Primeira atitude do Profeta sem Deus mandar

Até aqui Deus sempre mandou Elias fazer a seu mando.

· Deus chamou Elias para obra;

· Deus mandou Elias ir até o Rei Acabe profetizar;

· Deus mandou Elias ir para Querite;

· Deus mandou Elias ir para Sarepta;

Agora, Elias com confiança no Senhor apenas chama a responsabilidade pra cima de si. Ele sabia no Deus que cria. Está indo bem no Centro de treinamento. Lá no monte Carmelo Elias também chama para si a responsabilidade chamando o povo para chegar perto dele para restaurar o altar que estava em ruínas.

Meu amado se Deus é contigo e em meio a uma circunstância a ação é sua. Faça! E o Senhor vai cooperar com a palavra profética que sair de sua boca (Mc 16.20).

4. Ressuscitando Sonhos

Até a época de Elias não existia caso de ressurreição! Elias não poderia voltar as páginas como se fosse um advogado procurando por uma jurisprudência para dizer: “Existe um precedente nas Escrituras! Houve um caso igual ao meu. Deus fez isso naquela ocasião. Ele ainda pode fazer o mesmo”.

Elias não tinha uma instrução de como fazer ou como orar para ressurreição do menino.

Depois de Elias ter se estendido sobre a criança pela terceira vez que o Senhor a ressuscitou, uma lembrança de que nosso Salvador ressuscitou no terceiro dia.

O profeta simplesmente desceu as escadas com o garoto a seu lado e disse: “Vê, teu filho vive!”. Quando a mulher viu que seu filho estava vivo, ela não viu Elias, mas o SENHOR.

Elias queria que a mulher visse que Deus ressuscitou os Sonhos:

· De Elias como profeta de que Deus é como ele para fazer muito mais;

· Da viúva para com seu filho. Já havia perdido o marido e agora perder o filho.

· De seu filho que pode reconstruir toda uma história de vida.

Ressuscite seus Sonhos!

Declara a Escritura que o espírito da criança retornou, porque o Senhor ouviu a voz do profeta. A aflição da viúva foi transformada em alegria por causa das palavras de Elias, “Vês aí, teu filho vive” (v. 23).

Concluímos

Elias não ficou no ministério público um longo tempo. Mas o tempo que ficou provou o poder de Deus no próprio território de Baal, de modo que estava pronto a desafiar Baal no reino de Israel.

Durante esses três anos em que viveu como um homem perseguido e exilado, Elias havia aprendido muito sobre o Senhor, sobre si mesmo e sobre as necessidades das pessoas.

· Sobre Deus: Elias teve intimidade, viu a provisão e teve confiança em seu poder;

· Sobre si mesmo: acreditou em seu chamado;

· Sobre as necessidades das pessoas: somente entendendo a necessidade dos outros entendemos o reino de Deus.

O profeta Isaias teve uma experiência semelhante: viu Deus, viu seu interior e viu o pecado do povo (Is 6.1-13).

Elias no tempo de “seus treinamentos” havia aprendido a viver um dia de cada vez, confiando que Deus lhe daria o pão de cada dia.

O povo passou três anos perguntando: “Onde está o profeta Elias? Será que ele é capaz de fazer alguma coisa para aliviar os fardos que estamos carregando por causa da seca?”

O Senhor, porém, se preocupa mais como o obreiro do que com a obra e estava preparando Elias para o maior desafio de fé em todo seu ministério.

Pr. Alberto Maciel Carneiro

IBN - Semear

domingo, 16 de maio de 2010

CENTRO DE TREINAMENTO “SEREPTA”

PARTE 2 - DEUS PREPARA MAIS UM LUGAR – CENTRO DE TREINAMENTO “SEREPTA”

1 Reis 17.8-16 – “Então o Senhor disse a Elias: - apronte-se e vá até a cidade de Serepta, perto de Sidom, e fique lá. Eu mandei que uma viúva que mora ali dê comida para você. Então Elias foi para Serepta. Quando estava chegando ao portão da cidade, ele encontrou a viúva, que estava catando lenha. Elias disse a ela: - por favor, me dê um pouco de água para eu beber. Quando ela ia indo buscar a água, ele a chamou e disse: - e traga pão também, por favor. Porém ela respondeu: - juro pelo seu Deus vivo, o Senhor, que não tenho mais pão. Só tenho um punhado de farinha de trigo numa tigela e um pouco de azeite num jarro. Estou aqui catando uns dói pedaços de pau para cozinhar alguma coisa pra mim e para o meu filho. Vamos comer e depois morreremos de fome. – Não se preocupe! – disse Elias – vá preparar a sua comida. Mas primeiro faça um pãozinho com a farinha que você tem e traga-o para mim. Depois prepare o resto pra você e para o seu filho. Pois o Senhor, o Deus de Israel, diz isto: “não acabará a farinha da sua tigela,nem faltará azeite no seu jarro até o dia em que eu, o Senhor, fizer cair chuva”. Então a viúva foi e fez como Elias tinha dito e todos eles tiveram comida para muitos dias.. como o Senhor havia prometido por meio de Elias, não faltou farinha na tigela nem azeite no jarro.

Introdução

O significado de Sarepta no hebraico é “lugar de fundição”: uma cidade fenícia entre Tiro e Sidom.

Elias passou cerca de um ano em Querite, até que Deus lhe disse para deixar aquele local. A instrução de Deus pode ter espantado o profeta, mas o Senhor ordenou que ele viajasse na direção norte, mais de cinqüenta quilômetros até a cidade fenícia de Serepta.

Deus estava enviando Elias para um território gentio e, uma vez que Sarepta não ficava muito longe de Sidom, a cidade natal de Jezabel, o profeta estaria vivendo em território inimigo! Além disso, foi instruído a morar com uma viúva que Deus havia escolhido para cuidar dele, e as viúvas estavam entre as pessoas mais necessitadas da terra.

Uma vez que grande parte do suprimento de comida da Fenícia vinha de Israel, não haveria alimento em abundância em Serepta. Porém, quando Deus nos envia, devemos obedecer e deixar o resto ao encargo dele, pois não vivemos de acordo com explicações humanas. Mas sim pelas promessas divinas.

Depois de algum tempo, a Palavra do Senhor veio novamente ao profeta dizendo: “Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida.” (v.9)

Sarepta era uma pequena cidade, inexpressiva, situada numa região idólatra. Criam na direção dos astros sobre a vida dos seres humanos; não criam no mesmo Deus que Elias cria.

Agora, a Palavra do Senhor orienta o profeta a buscar alimento nesta cidade. Elias poderia discutir com Deus dado às impossibilidades de conseguir ajuda numa região como esta.

Pior: buscar ajuda na casa de uma viúva pobre? Se ao menos fosse na casa de uma família rica, mas na casa de viúva pobre?!? Loucura!!!

“O justo viverá pela fé” (Gál. 3: 11). Fé na Palavra do Senhor, mesmo que pareça estranha, absurda, loucura ao coração do homem.

Parecia loucura construir um grande barco, quando nunca havia chovido sobre a terra; parecia loucura viajar, pelo deserto, com a multidão do povo de Israel, sem fazer nenhuma provisão para isto!

1. Tratamento de Deus

Deus ordenou a Elias: “Vá se esconder!”, e, três anos depois, essa ordem mudou para: “Apresente-se!” Ao deixar seu ministério público, Elias criou outra “seca” na terra – uma ausência da Palavra do Senhor. A Palavra de Deus era, para o povo de Israel, como a chuva do céu (Dt 32.2; Is 55.10).

O silêncio do servo de Deus foi um julgamento divino (Sl 74.9), pois não ouvir a Palavra viva de Deus é o mesmo que perder a própria vida (Sl 28.1).

Veja os tratamento de Deus para o profeta:

· Viver em um local solitário – Querite.

· Ser alimentado por um pássaro imundo – o corvo era considera “imundo” e “abominável”.

· Um riacho que secou.

· Uma cidade vivendo uma miséria.

· Uma viúva pobre.

· Não tinha comida – tinha algo pior pra acontecer!

Não sei o que Deus tem reservado a você ou a mim no futuro, mas o fogo da fornalha certamente inclui experiências de humilhação para nós. Elas são uma parte necessária do plano de Deus. Para Elias, foi desejo do Senhor ter uma viúva pobre para ajudá-lo em suas necessidades.

2. As provas

Logo na chegada de Elias, encontramos dois testes:

1. Primeiramente, o teste da primeira impressão.

Nunca subestime a primeira impressão, pois ela em geral é um teste. Elias estava morrendo de sede. O riacho estava seco havia bastante tempo. Depois de sair de lá, viajou mais de uma centena de quilômetros por uma terra logo à porta da cidade de Serepta ele vê uma mulher apanhando lenha.

Elias foi a Sarepta esperando pelo menos um pouco mais de provisões do que as que tinha em Querite. No entanto, a primeira impressão dava outra idéia. Aparentemente ele teria menos. Talvez ele não viesse a morrer de sede, mas parecia que ia ter uma fome de matar.

Você já foi derrotado pela primeira impressão? Já fez planos de ir para uma nova escola ou igreja? Ou mudar de emprego? Ou ainda assumir novos desafios? Então, de repente, tudo é diferente da que você havia planejado. Mas as coisas não são apenas diferente... são piores.

Elias chegou a Serepta e não viu nada além de uma viúva procurando gravetos pra fazer uma fogueira, preparar sua última refeição e morrer de fome. Que decepção depois de uma longa e argua jornada.

2. Segundo, o teste da das impossibilidades físicas.

Elias havia passado por uma situação que, aos olhos humanos, era impossível. Mas a boa notícia é que ele olhou além das circunstâncias. Tratou do problema com fé, não com medo.

Elias disse: “não temas”, “não se preocupe” vá preparar...

Elias estava determinado a não permitir que aquela melancolia da primeira impressão o derrotasse. A viúva mantinha os olhos na impossibilidade: um punhado de farinha, um pouco de azeite, um pouco de lenha. Elias arregaçou as mangas e se concentrou somente nas possibilidades

Em resposta àquilo que Elias dissera, ela foi e fez. Isso é obediência em sua forma mais simples.

Obediência do homem e fidelidade de Deus – esta é uma combinação que faz milagres!

Se o profeta estivesse obstinado em fazer a sua vontade, ele passaria pela porta da cidade e não veria a mulher viúva apanhando lenha, pois seu propósito poderia ser procurar um hotel, restaurante, pensão, ou lanchonete na cidade.

3. Princípios nos quais vale a pena meditar

Encontramos quatro lições importante para nossas vidas:

1. A orientação de Deus é sempre surpreendente não tente analisá-la.

· Se Deus o manda para Serepta, não tente entender por quê. Apenas vá.

· Se Deus coloca você numa situação difícil e você tem paz no coração de que deve permanecer ali, não tenta analisar ou fugir. Fique firme.

2. Os primeiros dias geralmente são os mais difíceis. Não desista.

· Pode nos desanimar. Não desanime.

· O inimigo de nossas almas adora nos tirar do caminho nos desencorajar e nos tentar a desistir.

3. As promessas de Deus dependem de obediência; não deixe de fazer sua parte.

· “Elias levante e vá”. Disse Deus – Elias levantou e foi;

· “Mulher, entre e prepare a comida”. Disse Elias – E ela foi e preparou.

· Uma promessa cumprida é o resultado de nossa obediência.

4. As provisões de Deus são justas; não deixe de agradecer-lhe.

· Talvez você não tem o emprego que gostaria, mas você tem o emprego.

· Talvez não esteja na posição que sonhou, mas as provisões de Deus são suficientes... justas.

Conclusão

“Foi ela e fez segundo a palavra de Elias; assim, comeram ele, ela e a sua casa muitos dias.”(v. 15) Aquele último pedaço de pão que, na palavra da mulher, não daria nem para ela e o filho naquele dia comerem; ao ser consagrado ao Senhor, em obediência à Sua palavra, deu para ela, o filho e o profeta, “por muitos dias.”

Quando confiamos no Senhor, as bênçãos ocorrem, sempre em medida muito maior. “A farinha não se acabou na panela, nem o azeite na botija faltou, até o dia que o Senhor fez chover novamente sobre a terra.” (vs.16, 14)

Imaginemos o que teria acontecido com aquela mulher se houvesse negado pão ao profeta: sua história não faria parte do cenário bíblico e, não teria sobrevivido ao período de seca.

Deus colocou o profeta Elias no caminho da viúva de Sarepta para ser ele uma bênção à vida desta pobre mulher e seu único filho. Coitada dela se não tivesse confiado na Palavra do Senhor por intermédio de Elias!

Pr. Alberto Maciel Carneiro

IBN - Semear

domingo, 9 de maio de 2010

ELIAS, O PROFETA

PARTE 1 - DISPERTANDO PARA O DESAFIO EM QUERITE

1 Reis 17.1-7 – “Um profeta chamado Elias, de Tisbé, na região de Gileade, disse ao rei Acabe: - ‘Em nome do Senhor, o Deus vivo de Israel, de quem sou servo, digo ao senhor que não vai cair orvalho nem chuva durante os próximos anos, até que eu diga para cair orvalho e chuva de novo’. Então o Senhor Deus disse a Elias: - Saia daqui, vá para o leste e esconda-se perto do riacho de Querite, a leste do rio Jordão. Você terá água do riacho para beber; e eu mandei que os corvos levem comida para você ali. Elias obedeceu à ordem do Senhor e foi e ficou morando perto do riacho de Querite. Ele bebia água do riacho, e os corvos vinham trazer pão e carne todas as manhãs e todas as tardes. Mas algum tempo depois o riacho secou por falta de chuva.”

Introdução

Elias, o tesbita, entra em cena de repente e some tão rapidamente quanto apareceu, só para voltar a ser visto três anos depois no desafio aos sacerdotes de Baal.

Sem títulos. Sem formação requintada. Sem pretígio social. O profeta Elias era rude e oriundo de uma cidadezinha perdida no mapa do Oriente. Um anônimo em meio a uma sociedade orgulhosa, opressora e idólatra, Elias poderia ter encarnado a fórmula da obscuridade.

Elias será uma biografia aplicativa em nossas vidas.

Entendendo um pouco do contexto histórico antes da chegada de Elias.

Os israelitas viveram suas primeiras monarquias com Saul, Davi e Salomão. Todos passaram por pecados e fracassos em seus reinados. No final da vida de Salomão, uma guerra civil teve início a uma divisão. Israel ficou dividido em dois reinos: Reino do Norte (chamado de Israel) e reino do sul (chamado de Judá). Israel ficou com 10 tribos e o reino de Judá ficou com 2 tribos. A Divisão de reinos que culminou em cativeiros.

Do início da divisão até o cativeiro de Israel, um período de aproximadamente 200 anos, o reino do norte teve 19 monarcas, em sucessão, fazendo “o que era mau perante o Senhor”. Este ambiente maléfico prevaleceu em Israel até a invasão dos assírios, em 722 a.C.

O reino do sul, por outro lado, esteve sob a liderança de 17 governantes durante um período de 300 anos. Oito desses reis fizeram “o que era reto perante o Senhor”, mas nove deles foram ímpios que não serviram a Deus nem andaram com ele. O reino do sul – Judá – terminou com a destruição de Jerusalém em 586 a. C. e o subseqüente babilônico de 70 anos.

Elias está no contexto do reino do norte, vejamos a história:

Jeroboão – primeiro rei do norte, reinou por 22 anos. Ele plantou a sementes da idolatria entre o povo de Israel (1 Reis 13.33).

Nadabe, filho de Jeroboão, reinou por 2 anos. Fez o que era mal perante o Senhor (1 Reis 15.26). Nadabe foi assassinado pelo seu sucessor Baasa.

Baasa – matou toda a descendência de Nadabe. Governou Israel por 24 anos (1 Reis 15.29-30; 1 Reis 16.7-8).

Elá – filho de Baasa reinou em Tirza sobre Israel por dois anos.

Zinri – servo de Elá, conspirou contra Elá e assassinou assumindo então o reinado. Exterminou toda a descendência de Elá.

Onzi – reinou 12 anos em Israel. Fez o que era mau perante o Senhor fez pior do que todos quantos foram antes dele. Onzi dói sepultado e Acabe, seu filho, reinou em seu lugar. A Bíblia diz que ele fez pior que todos antes dele. Aí chega seu filho, ACABE!

Derramamento de sangue e assassinatos, conspirações e maldades, intriga e imoralidade, traição e engano, ódio e idolatria; tudo isso prevaleceu por seis escuras e ininterruptas décadas em Israel. Este reino do mal se iniciava no coração daquele que estava no trono e se derramava sobre todas as pessoas daquela terra. Para completar, eles entregaram o trono a Acabe, o qual se casou com Jezabel (1 Reis 16.31).

Jezabel introduziu o culto ao deus Baal. Baal era adorado como o Deus da chuva e da fertilidade, aquele que controlava as estações do ano, as colheitas e a terra. Quando a adoração a Baal entrou no reino de Israel, trazendo suas práticas pagãs e os sacrifícios bárbaros, a impiedade da terra só cresceu.

Penetrando com toda força nesta era de impiedade e mal, vemos Elias, o profeta de Deus, mandado dos céus. Uma análise rápida de sua apresentação revela três fatores relevantes: seu nome, sua origem e seu estilo.

Seu Nome

A primeira coisa que exige nossa atenção é o nome de Elias. A palavra hebraica par “Deus” no Antigo Testamento é Elohim, usada em alguns momentos na forma abreviada de El. A palavra Jah é o termo usado para “Jeová”. Assim, no nome de Elias (Elijah) encontramos as palavras usadas para “Deus” e “Jeová”. Entre elas existe um pequeno “i” que, em hebraico, é uma referência ao pronome pessoal “meu”. Colocando as palavras juntas, descobrimos que o significado do nome Elias é “Meu Deus é Jeová” ou “o Senhor é o Meu Deus”.

Acabe e Jezabel estavam no controle da terra e o deus que eles adoravam era Baal. Mas, quando Elias entra em cena, seu próprio nome já fazia sua apresentação: “Eu tenho um Deus. Seu nome é Jeová. Ele é o único a quem sirvo e diante de quem me prostro”.

Sua terra

Elias era de Tisbé e, por isso, é chamado de “Elias, o tesbita”. Lembre-se de que sabemos muito pouco sobre Tisbé, sendo que até sua localização não é exata. No entanto, o texto indica claramente que ela ficava em Gileade, no norte da Transjordânia, isto é, do lado leste do rio Jordão.

Gileade era um lugar solitário e de vida ao ar livre, onde seus habitantes eram provavelmente rudes, queimados do sol, musculosos e fortes. Era uma terra árida, e muitos acham que a aparência de Elias tinha muita relação com sua terra. Seus hábitos beiravam o grosseiro e o áspero, o violento e o severo.

Era necessária a presença de um homem assim naquele momento da história de Israel. Um homem austero e solitário da rude vila de Tisbé.

Seu estilo

De uma hora para outra, ele está diante do rei. Sem um momento de hesitação, aparentemente sem medo ou relutância, Elias se coloca diante do rei Acabe e vai direto ao ponto.

Elias é um homem cumprindo uma missão, declarando-se como servo do “Senhor, Deus de Israel”, enquanto à sua volta só existem evidências gritantes da adoração a Baal. Sem preparar sua audiência para o discurso, ele faz um pronunciamento agourento: “Não haverá chuva – nem mesmo orvalho – por anos, a não ser que eu diga”. Baal era o deus da chuva, da fertilidade. Era um grande confronto Elias dizer isso.

APLICANDO EM NOSSAS VIDAS

1. Um homem que ficou na brecha (1 Rs 17.1)

Deus busca pessoas especiais em tempos difíceis. Um homem que se colocaria na brecha não poderia ser alguém delicado e manso: ele tinha que ser durão. Alguém que pudesse enfrentar um idólatra e dizer: “Deus é Deus”.

Deus não levantou um exército para destruir Acabe e Jezabel. Ele mandou somente e tão somente Elias. Deus quer levantar VOCÊ!

Que papel Deus lhe deu? Seja qual for ele está dizendo: “Você está se colocando diante de mim e eu quero usar você. Quero usá-lo como meu único porta-voz em seus dias e em sua geração, neste momento e nesta época”.

2. Deus prepara um lugar - Centro de treinamento “Querite” (1 Rs 17.2-5)

Deus enviou imediatamente para um lugar de isolamento, escondido de todo o mundo, onde ele não apenas seria protegido de perigos físicos, mas seria mais bem preparado para uma missão ainda maior.

“Querite” significa “cortar, colocar no tamanho certo”. A palavra é usada no Antigo Testamento nos dois sentidos: ser cortado (separado) dos outros e também no sentido de aparelhar uma peça de madeira para construção, deixando-a no tamanho correto a ser usado.

Elias era um porta voz, mas ainda não era verdadeiramente um homem de Deus.

No começo do capítulo ele é apenas o Elias de Tisbé, cidadezinha em algum lugar de Gileade. No final do capítulo (v. 24), ele surge como um Homem de Deus.

3. Quando o riacho seca!

Elias notou que o riacho não estava espirrando água sobre as rochas nem borbulhando como costumava fazer nos dias anteriores. Foi diminuindo até que acabou. Não demorou muito até que aparecessem rachaduras no leito ressecado do riacho. O riacho secou!

Sua vida financeira estava instável, tudo bem organizado e controlado, sempre sobrando! Mas um dia... O riacho secou!

Você estava tão bem de saúde, forte cheia de vida fazendo a obra de Deus. Veio a enfermidade, lhe deixou com debilidades... o riacho secou!

Sua empresa estava indo tão bem – as coisas mudam e... o riacho secou!

Seu casamento que era uma benção – agora convive em um desacordo... o riacho secou!

Toda mudança gera uma dor. Tem que ter um sacrifício. Conseqüência de nossa ação. Mesmo que seja uma ação de Deus. Orientada e ordenada por Ele. Mas o riacho secou porque Elias orou.

Um riacho seco normalmente é sinal do prazer de Deus em relação a nossa vida. Bem, se você não entender isso não entendeu nada. O riacho seco normalmente é sinal da aceitação de Deus, não de seu julgamento.

Pr. Alberto Maciel Carneiro

IBN Semear