A VOCÊ LÍDER DE EXCELÊNCIA

O líder tem um papel fundamental em tempo de turbulências. Ele precisa agir como um guia para as pessoas de sua equipe, pois nessas horas elas tendem a ficar perdidas, ansiosas e com pouca capacidade de produção. Tem de saber avaliar, aconselhar, motivar, gerar comprometimento no grupo e saber encontrar forças dentro de si mesmo, pois também estará no meio do furacão. O verdadeiro líder deve ser capaz de transmitir esperança, e isso significa fazer a equipe acreditar no futuro.

PR. ALBERTO MACIEL CARNEIRO

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O GRANDE DESAFIO

O GRANDE DESAFIO (1 REIS 18.1-40)

Introdução

Na primeira parte de 1 Reis 18, achamos Elias recebendo a ordem divina de se apresentar a Acabe para dizer-lhe que a seca estava a ponto de terminar, depois de três anos.

A ordem de Deus não parece notável até que lemos, no verso 4, que Jezabel, a esposa de Acabe, estava exterminando os profetas do Senhor. Além disso, descobrimos a conversa de Elias com Obadias, o fiel e guardião da casa de Acabe (1 Reis 18.4-14).

Naquela época, podemos dizer que Acabe tinha publicado um decreto tornando Elias o procurado número 1. Obadias temia que, mencionando o nome de Elias diante do rei, fosse levado à morte. Porém, apesar do perigo, Elias estava resoluto: apareceria diante de Acabe.

Quando finalmente conseguiu sua audiência com o rei, acusou-o de conduzir os israelitas para longe de Deus e desafiou-lhe a trazer seus líderes religiosos (os profetas de Baal e de Aserá) e todo o povo de Israel para encontrá-lo no Monte Carmelo. Após três anos de julgamento, o Senhor mostrou-lhes quem realmente é o único Deus verdadeiro.

Temos aqui quatro encontros neste grande dia de Israel:

1. Obadias encontra-se com Elias (v. 1-6)

2. Elias encontra-se como rei Acabe (v. 17-19)

3. Elias encontra-se como o povo de Israel (v. 21-30)

4. Os profetas de Baal encontram-se com o Deus de Israel (v. 20-40)

1. A coragem de Elias

Não deve ter sido fácil para Elias ter a coragem necessária para confrontar Acabe, um rei poderoso que tentava matá-lo. Porém, para desafiar o rei e o país inteiro para uma competição, a fim de provar quem era o Deus verdadeiro, ele necessitava de algo mais que apenas coragem.

Necessitou de uma fé completa e total em Deus. Com uma provocação desse porte, era altamente improvável que Elias descesse vivo do Monte Carmelo caso o desafio falhasse.

Nós sabemos que Acabe e Jezabel queriam exterminá-lo, e se sua idéia tivesse falhado, ele teria realmente sido morto! Elias teve que confiar que Deus não o abandonaria nesse momento e não foi desapontado.
O Deus de Elias - um Deus fiel, poderoso, presente - ainda demonstra seu poder em nossa vida, e não deveríamos ter medo de confiar em seu poder se agimos conforme sua vontade para cada um de nós.

Se nós confiarmos nele, descobriremos, como Elias, que aquele que confia em Deus nunca será desapontado.

2. Restaurou o altar que estava em ruínas - Ensinando o caminho da vitória e da confiança

No verso 30, vemos que, depois de um dia inteiro observando a dança e a gritaria dos profetas de Baal ao redor do altar, Elias conclamou a todo o povo e disse que consertaria o altar do Senhor, outrora abandonado.

Num gesto carregado de simbolismo, ele tomou 12 pedras - uma para cada tribo de Israel (inclusive Judá que, a esta altura da história, era um reino separado) - e colocou-as ao redor do altar.

Então, Elias fez algo curioso: cavou uma vala ao redor do altar recentemente preparado.

Esta não era uma prática normal de adoração, e certamente as pessoas devem ter desejado saber o por quê daquela vala. Depois de colocar o touro no altar, Elias pediu, dentre outras coisas, água. Depois de 3 anos de seca, isso poderia ser um artigo precioso!

Certamente, as pessoas sedentas teriam almejado a água contida nos jarros. Depois de adquirir um jarro cheio, o profeta esvaziou-o, molhando a oferta e o altar. Esse processo repetiu-se por três vezes, a ponto de a vala encher-se. Assim que o oferecimento estava preparado, Elias parou e orou. Nos versos 36-37, descobrimos seu coração.

O propósito inteiro desse desafio era tentar trazer o povo de Israel de volta para Deus. O profeta orou em humildade e demonstrou total dependência de Deus.

A resposta do Senhor foi imediata: o fogo de Deus caiu do céu, e não só consumiu o touro, mas a água na vala e o altar de pedras também.

Naquela hora, foi decidida a competição, e as pessoas voltaram-se a Deus e disseram: “Só o Senhor é Deus; só o Senhor é Deus!”. Deus tinha usado a coragem de Elias para se levantar diante de um rei assassino e trazer seu povo de volta.


3. O dia “d”

Quando o dia do desafio chegou, Elias acusou o povo de Israel de idolatria e de falta de compromisso com Deus. É interessante que os israelitas não fizeram coisa alguma para responder a acusação! (verso 21).

Depois do silêncio, Elias desafiou: se Baal é poderoso e digno de adoração, então, certamente seus 450 profetas poderiam lhe pedir que respondesse a um sacrifício com fogo. Ele faria o mesmo oferecimento a Deus: um touro no altar, cortado em pedaços. Todas as pessoas presentes concordaram com as condições do desafio.

Elias permitiu que os profetas de Baal ofertassem primeiro, e deu-lhes uma manhã inteira para obterem uma resposta de Baal. Durante várias horas, eles dançaram ao redor do altar construído (talvez o quadro mais descritivo de idolatria, na Bíblia inteira!), sem receberem qualquer resposta.

Ao meio-dia, Elias começou a escarnecer dos profetas de Baal e, por causa disso, eles resolveram adotar medidas mais drásticas para tentarem obter uma resposta do “deus” deles; incluindo se cortarem. Quando chegou o momento de outro sacrifício, Elias começou a trabalhar.

Conclusão

Esta é uma história inesquecível que nos deixa quatro lições eternas.

1. Quando temos certeza de estarmos dentro da vontade de Deus, somos invencíveis.

Nada nos deixa mais temerosos e inseguros do que não ter certeza de estar dentro da vontade de Deus. Por outro lado, não há nada mais encorajador do que saber que estamos dentro dela. Assim, não importa quais sejam as circunstância, pois poderemos resistir.

2. Obediência dividida é tão errada quanto a idolatria declarada.

“Até quando coxeareis entre dois pensamentos?”, perguntou Elias ao povo de Israel. A coisa mais fácil a fazer quando somos oprimidos ou superados em número é permanecer naquele estado medíocre de não comprometimento. Era esse lugar que vivia o povo de Israel; Elias, porém, nunca habitou ali. O profeta lhes disse: “Não é possível continuar neste estado de obediência dividida por mais tempo”.

Elias pediu que o povo saísse de cima do muro da indecisão.

Como você é a mesma coisa: ou você é a favor de Deus ou é contra ele.

3. Nossa ferramenta mais eficiente é a oração da fé.

Quando a coisa chegou no ponto do “preto no branco”, ou seja, quando Baal falhou e Deus estava prestes a fazer sua obra, o único instrumento que Elias usou foi a oração.

Howard Taylor escreveu certa vez sobre a disciplina que seu pai tinha no que se refere à oração.

“Durante quarenta anos o sol nunca se pôs na China sem que deixasse de ver meu pai (Hudson Taylor) em oração”.

4. Nunca subestime o poder de uma vida totalmente dedicada.

Todo aquele episódio gira em torno de uma vida dedicada: a vida de Elias.

Ele era apenas um homem, cercado e suplantado em número por:

· um rei ímpio,

· a ímpia e poderosa esposa do rei,

· 850 profetas e sacerdotes pagãos e

· um incontável número de israelitas descrentes.

· E todos eles foram silenciados e intimidados por aquele único homem dedicado a Deus.

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